Os testículos produzem hormônios e espermatozoides nos homens. O câncer de testículo é caracterizado pelo crescimento anormal de células neste local. Os dois subtipos principais são: seminomas e não seminomas.

➡️ Seminomas: Esses tumores tendem a crescer e se espalhar mais lentamente do que a maioria dos outros cânceres de testículo. 

➡️ Não seminomas: São frequentemente encontrados em homens mais jovens, entre a fase final da adolescência e o início dos 30 anos.

Fatores de risco para o câncer de testículo

Até o momento, os cientistas descobriram poucos fatores de risco que tornam alguns homens mais propensos do que outros, para desenvolver o câncer de testículo. Veja alguns dos fatores de risco mais frequentes:

➡️ Criptorquidia: É uma condição na qual não houve a descida correta do testículo da cavidade abdominal (o local onde o testículo se desenvolve na vida intrauterina) para o escroto. 

➡️ Histórico familiar de câncer de testículo.

➡️ Exposição ocupacional a agrotóxicos.

Mas, vale enfatizar que possuir um ou mais fatores de risco, não significa que a pessoa terá câncer. Da mesma forma, não ter fatores de risco, não descarta a possibilidade de desenvolver a doença. Já que algumas pessoas podem não ter nenhum fator de risco conhecido e, mesmo assim, desenvolver um câncer.

Sinais e sintomas do câncer de testículo

Alguns homens não apresentam sintomas e o câncer é encontrado durante exames realizados para investigar outras condições, como por exemplo, os exames de imagem feitos para encontrar a causa da infertilidade. Quando há sintomas, o mais comum é o aparecimento de um pequeno nódulo ou inchaço no testículo. Outras alterações possíveis são o aumento ou sensibilidade dos mamilos, sensação de peso ou dor na parte inferior do abdômen e puberdade precoce nos meninos.

Diagnóstico do câncer de testículo

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de testículo é um tipo de câncer agressivo, devido à sua rápida evolução. Mesmo assim, seu diagnóstico é fácil e possui alto índice de cura.
O diagnóstico deste câncer é realizado pelo exame de ultrassonografia da bolsa escrotal e pela dosagem sanguínea de marcadores tumorais (alfafetoproteína, beta-HCG e LDH). Além disso, o autoexame dos testículos pode auxiliar na detecção precoce.

Qualidade de vida depois do câncer de testículo

O tratamento do câncer de testículo pode desencadear efeitos colaterais de longa duração. Alguns efeitos são sintomas gastrointestinais, níveis elevados de fadiga, ansiedade, angústia relacionada ao câncer, disfunção sexual, alterações na imagem corporal e problemas com o relacionamento social. Além disso, a maioria dos sobreviventes de câncer de testículo, pertencem a uma faixa etária em que a paternidade é uma consideração importante. Portanto, a preocupação com a fertilidade e o funcionamento sexual pode prejudicar a qualidade de vida dos pacientes, assim como a de seus parceiros. É importante contar com o apoio de uma equipe multiprofissional para auxiliar os pacientes a superar essa adversidade com mais qualidade de vida. Além disso, manter-se informado sobre a fertilidade e a manutenção dos níveis hormonais é muito importante para enfrentar o tratamento com mais tranquilidade. Vamos falar um pouco mais sobre esse assunto na próxima postagem. Fique atento e ative as notificações do Instagram, assim você será avisado logo que a postagem estiver disponível para a leitura!

Hormônios e fertilidade após o câncer de testículo

O câncer de testículo e seu tratamento podem afetar os níveis hormonais e a fertilidade (capacidade de gerar filhos) após o tratamento. Por isso, é importante conhecer os possíveis efeitos e as opções disponíveis para resolver essas situações, antes de iniciar o tratamento. A maioria dos homens desenvolvem o câncer em apenas um testículo. Sendo assim, o testículo remanescente, de modo geral, consegue produzir testosterona (o principal hormônio masculino) suficiente para manter o organismo saudável. Quando os dois testículos são afetados e precisam ser removidos, é necessário uma reposição hormonal. Algumas vezes, o câncer de testículo ou seu tratamento pode tornar um homem infértil. Assim, antes do início do tratamento, os homens que desejam ter filhos, devem considerar o armazenamento de espermatozoides em um banco de esperma, para uso futuro.

 

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